Três dias de arte, improviso e criatividade em Maputo


Maputo, 25 de Abril de 2025 – Começa hoje, com grande entusiasmo, a tão aguardada 4ª edição do Festival de Teatro Cenas Curtas, um dos eventos culturais mais vibrantes da capital moçambicana. Este festival, que já se tornou referência no cenário artístico nacional, promete três dias intensos de partilha criativa, marcada pela experimentação teatral, pelo improviso e por novas formas de expressão cénica. As sessões arrancam às 18 horas, com apresentações divididas entre dois espaços icônicos da cidade: a Fundação Fernando Leite Couto (FFLC) e a mítica Casa Velha, recentemente reaberta ao público. O evento oferece uma rara oportunidade para os amantes do teatro e das artes performativas mergulharem num universo de emoções, reflexões e inovação artística, sempre com foco no formato breve – o grande diferencial do Cenas Curtas.
©Moz entretenimento


Maputo, 25 de Abril de 2025 – Começa hoje, com grande entusiasmo, a tão aguardada 4ª edição do Festival de Teatro Cenas Curtas, um dos eventos culturais mais vibrantes da capital moçambicana. Este festival, que já se tornou referência no cenário artístico nacional, promete três dias intensos de partilha criativa, marcada pela experimentação teatral, pelo improviso e por novas formas de expressão cénica.
As sessões arrancam às 18 horas, com apresentações divididas entre dois espaços icônicos da cidade: a Fundação Fernando Leite Couto (FFLC) e a mítica Casa Velha, recentemente reaberta ao público. O evento oferece uma rara oportunidade para os amantes do teatro e das artes performativas mergulharem num universo de emoções, reflexões e inovação artística, sempre com foco no formato breve – o grande diferencial do Cenas Curtas.

O pontapé de saída do festival será dado com uma roda de conversa na FFLC, sob o tema “Dramaturgia Singular”, conduzida pelo conceituado diretor e roteirista brasileiro Vinicius Araguaya. Com vasta experiência no universo da ficção e do documentário, Araguaya vem a Maputo para partilhar a sua trajetória na escrita dramatúrgica e produção audiovisual, inspirando artistas locais e o público em geral.


A sessão de abertura promete provocar questionamentos profundos sobre o processo criativo:
“Partimos do pressuposto que cada ser tem uma voz singular. Perseguir a singularidade é a meta da nossa escrita pessoal. Mas será que há maneiras de catalisar esse processo? Há atalhos? A estrada é a mesma para todo mundo, ou é tão singular quanto o timbre de nossa própria voz?”
Essas são palavras de Rita Couto, coordenadora do festival, que descreve a essência dessa roda de conversa e a proposta reflexiva que moldará os três dias de programação.
O segundo dia do Cenas Curtas 2025 promete ser eletrizante! Acontecerá na Casa Velha e trará ao palco o espetáculo “Improvícios – Batalha de Teatro do Improviso”, reunindo grandes nomes da cena teatral maputense para um desafio único: criar, em tempo real, performances inesperadas, sem ensaios ou roteiros.

Os artistas terão como aliada apenas a sua criatividade, e o público terá um papel ativo na avaliação dos desempenhos, elegendo aquele ou aquela que mais se destacar no improviso. Estão confirmados no elenco nomes de peso como:
  • Ailton Zimila
  • Fernando Macamo
  • Joana Mbalango
  • Kátia Majate
  • Lirico Poetico
  • Lucrécia Noronha
  • Osvaldo Passirivo
A proposta inovadora dessa batalha de improviso resgata o espírito lúdico do teatro e convida os espectadores a testemunharem – ao vivo – o processo criativo em sua forma mais pura e espontânea. Diferente das edições anteriores, onde os artistas recebiam temas e adereços específicos para desenvolver as cenas, este novo modelo convida ao risco, à invenção e à descoberta.

O Festival Cenas Curtas tem se consolidado, ano após ano, como um espaço de inovação artística e fortalecimento das artes performativas em Moçambique. Nesta edição, mais do que nunca, o foco está no valor do processo criativo. Os organizadores destacam que o festival não é apenas um palco de apresentação, mas um laboratório de criação e experimentação, onde os artistas são convidados a explorar os seus limites, desafiar convenções e provocar o público com novas linguagens cénicas.

O uso da improvisação como linguagem central é um reflexo do desejo de promover não só o talento, mas também a coragem artística, o jogo coletivo e a imprevisibilidade - características que definem o teatro em sua essência mais livre e orgânica.
O festival encerra-se no domingo, também às 18 horas, na Fundação Fernando Leite Couto, com um momento que promete interatividade total. A programação final será composta por jogos de improviso, abertos a todos os presentes artistas e público em geral. A proposta é clara: todas as pessoas serão chamadas ao palco para representar.


Essa iniciativa democratiza a experiência teatral, rompe a barreira entre palco e plateia, e transforma o encerramento num verdadeiro espetáculo coletivo, onde a espontaneidade e o humor darão o tom.
Com essa abordagem inclusiva, o Festival de Teatro Cenas Curtas 2025 reafirma seu compromisso com a construção de um teatro vivo, acessível, plural e profundamente conectado com os tempos atuais.