Valores em que acredita


A ntumbuluku.  A cantora tradicionalista Tchakaze, expressa-se através da música com um compromisso profundo com os valores em que acredita. Pv ara ela, o amor e a família são pilares inegociáveis que norteiam toda a sua obra artística. As suas canções transportam mensagens que incentivam à entrega a sentimentos nobres, exaltando a importância de construir relações saudáveis e sinceras. Cada palavra cantada por  ela carrega consigo a missão de contribuir para um mundo melhor, baseado em boas ações e no fortalecimento dos laços afetivos.
©facebook página- Tchakaze

A ntumbuluku.

A cantora tradicionalista Tchakaze, expressa-se através da música com um compromisso profundo com os valores em que acredita. Pv ara ela, o amor e a família são pilares inegociáveis que norteiam toda a sua obra artística. As suas canções transportam mensagens que incentivam à entrega a sentimentos nobres, exaltando a importância de construir relações saudáveis e sinceras. Cada palavra cantada por  ela carrega consigo a missão de contribuir para um mundo melhor, baseado em boas ações e no fortalecimento dos laços afetivos.

A trajetória artística da Tchakaze tem raízes na sua identidade como mulher e nos valores morais que a formação religiosa lhe incutiu desde cedo. Crescendo num ambiente de forte influência da Igreja Metodista, ela absorveu ensinamentos que moldaram não apenas a sua visão de mundo, mas também a sua forma de criar música. O respeito, a responsabilidade e a fé foram valores assimilados naturalmente e que, até hoje, definem a essência das suas composições. Para A ntumbuluku, a música é uma ferramenta de ensino moral e emocional, um veículo para semear consciência e transformação social.

O amor, para A ntumbuluku, é mais que um sentimento é a base que sustenta todas as relações humanas. A artista, criada apenas pela mãe após a perda prematura do pai, encontrou nas imagens de famílias felizes a inspiração para valorizar ainda mais o papel do afeto no lar. Essa ausência paterna serviu como força motriz para a sua dedicação em celebrar, nas suas músicas, a importância do amor genuíno e da unidade familiar. No seu álbum de estreada,  deixou claro que vê no amor a capacidade de enfrentar e superar os maiores desafios da vida.
 
A complexidade das relações amorosas também encontra espaço nas canções da Tchakaze, onde a dualidade entre amor e dor é representada com realismo e sensibilidade. Músicas como "Vou te amar" e "Nkata" ilustram essas nuances, mostrando que, muitas vezes, o fim de uma relação não significa a ausência de amor, mas a necessidade de preservação pessoal diante de situações insustentáveis. Com coragem, ela aborda temas delicados como a violência doméstica, buscando incentivar mudanças profundas na sociedade, onde a consciência dos próprios atos se torne o primeiro passo para a verdadeira transformação.

O envolvimento da cantora Tchakaze com causas sociais vai além da sua arte musical. Ao tratar de situações reais, como as retratadas em "Nkata", ela passou a ser procurada por mulheres em situação de vulnerabilidade, que viam nas suas músicas uma fonte de apoio emocional. A artista percebeu que denunciar, embora necessário, nem sempre garante a proteção das vítimas, e passou a defender a importância de se criar uma verdadeira consciência nos agressores. Acredita que a separação física e o tempo de reflexão são fundamentais para a quebra dos ciclos de violência, destacando que a música pode ser um poderoso agente de sensibilização social. Inspirada por histórias reais e pelo desejo de promover valores morais.

  criou também canções como "Donguissa", que narra a vida de uma mulher que abandona a sua família e, posteriormente, percebe o verdadeiro valor do amor e da simplicidade. Cada composição é resultado de uma conexão genuína com a sociedade que a rodeia, refletindo realidades, emoções e experiências que se tornam universais através da sua voz. Para Tchakaze, a música é mais do que expressão artística  é um meio de educação, de cura e de inspiração para mudanças positivas e duradouras.

A sua sensibilidade romântica é uma marca registrada. Tchakaze considera-se uma eterna sentimentalista, e isso transparece na melancolia constante das suas melodias. Para ela, cantar é sentir cada palavra, viver cada história e transmitir essa emoção ao público de forma autêntica. Acredita que apenas através dessa entrega sincera é possível tocar verdadeiramente as pessoas. Por isso, só canta o que acredita, recusando-se a seguir modismos vazios ou temas com os quais não se identifica. A sua missão é clara: usar a música para cultivar o amor, a reflexão e a melhoria contínua do ser humano.


Tchakaze também se destaca pela capacidade de retratar realidades sociais complexas, como demonstrado na música "Vinte vinte", onde aborda temas que vão desde o sofrimento das vendedeiras até a violência em Cabo Delgado. A sua arte é um espelho das dores e esperanças do povo moçambicano, e cada projeto é pensado para criar laços familiares e incentivar momentos de partilha através da música. Além da carreira artística, a cantora dedica-se ao bem-estar social, sendo formada em Psiquiatria e Saúde Mental, uma área onde pretende, paralelamente, deixar a sua marca de amor e cuidado para com o próximo.

O percurso da Tchakaze, nascida Teresa da Graça Rangel Semende em Maputo, é uma história de dedicação, talento e compromisso com valores que transcendem o palco. Desde a sua estreia aos 17 anos como corista de Penny Penny até aos reconhecimentos com canções como "Nkata" e "Donguissa", Antumbuluku tem sido uma voz incansável na promoção do bem-estar emocional e da transformação social. A sua arte continua a ser um farol para muitos que buscam na música não apenas entretenimento, mas também força, esperança e coragem para lutar por um mundo melhor.