Um dos Mestres da Música Moçambicana

Roberto Maximiano Chitsondzo, nascido a 9 de agosto de 1961, na antiga Cidade João Belo (hoje Xai-Xai), na Província de Gaza, é um dos nomes mais respeitados da música moçambicana. Professor, músico, compositor e intérprete, Chitsondzo construiu uma carreira sólida e inspiradora, trilhando um caminho que mistura paixão, dedicação e profundo respeito pela cultura do seu país. Desde jovem, Roberto demonstrou talento musical e uma sede incansável por auto-realização. Movido por este espírito, percorreu diversas províncias de Moçambique, até encontrar na cidade de Maputo o palco ideal para desenvolver o seu potencial artístico e pessoal. Essa trajetória de busca e crescimento moldaria para sempre o seu legado musical.
©facebook página- Roberto Chitsondzo

Roberto Maximiano Chitsondzo, nascido a 9 de agosto de 1961, na antiga Cidade João Belo (hoje Xai-Xai), na Província de Gaza, é um dos nomes mais respeitados da música moçambicana. Professor, músico, compositor e intérprete, Chitsondzo construiu uma carreira sólida e inspiradora, trilhando um caminho que mistura paixão, dedicação e profundo respeito pela cultura do seu país.
Desde jovem, Roberto demonstrou talento musical e uma sede incansável por auto-realização. Movido por este espírito, percorreu diversas províncias de Moçambique, até encontrar na cidade de Maputo o palco ideal para desenvolver o seu potencial artístico e pessoal. Essa trajetória de busca e crescimento moldaria para sempre o seu legado musical.
 
Em 1977, um convite especial de Alexandre Mazuze mudaria o rumo da sua vida. Roberto Chitsondzo foi chamado a integrar espetáculos de grande porte em Maputo, atuando como corista em casas de música de enorme prestígio. Esta experiência inicial proporcionou-lhe o contacto direto com a riqueza sonora e os grandes nomes da música nacional, sendo uma escola prática fundamental para o seu futuro. Ao longo dos anos seguintes, Chitsondzo começou a trabalhar nas suas próprias composições, explorando sonoridades que expressavam tanto as suas raízes culturais quanto as suas novas influências urbanas. Foi um período de amadurecimento artístico e pessoal que o preparou para conquistas ainda maiores.
Em 1980, Roberto Chitsondzo alcança uma marca significativa: uma de suas músicas é escolhida para abrir os programas da Rádio Moçambique dedicados ao Recenseamento Geral da População. Esse reconhecimento não apenas lhe conferiu grande visibilidade nacional, como também lhe deu a oportunidade de gravar uma música na própria Rádio Moçambique, acompanhado por uma banda. Esta fase marca o início de uma carreira musical consistente, evidenciando o talento de Chitsondzo como um compositor de mensagens profundas e melodias envolventes. Sua capacidade de dialogar com temas sociais importantes por meio da música solidificou a sua relevância no cenário cultural moçambicano.
 

O ano de 1984 trouxe mais um marco importante na vida de Roberto Chitsondzo. Acompanhado pelos talentosos músicos Simião Mazuze e Pedro Langa, membros da banda Xigutsa Vuma, grava a emblemática música «Xizambiza». Esta composição viria a receber o prestigiado Prémio Presença, concedido pelo Jornal Notícias, um dos veículos mais influentes do país. «Xizambiza» não apenas consolidou a imagem de Roberto como um dos músicos promissores de Moçambique, como também o projetou para novas oportunidades, permitindo que seu trabalho alcançasse uma audiência ainda maior. Sua música tornou-se sinônimo de autenticidade, emoção e excelência.
Guiado pela mão experiente de Pedro Langa, Roberto Chitsondzo ingressa na lendária banda Ghorwane. Com Ghorwane, sua musicalidade atinge novos patamares. A banda, conhecida pela fusão harmoniosa de ritmos tradicionais moçambicanos com influências contemporâneas, tornou-se um verdadeiro ícone da World Music. Durante a sua trajetória com o Ghorwane, Roberto participa da gravação de álbuns históricos como Majurugenta (1993), Kudumba (1997) e Vana Va Ndota (2005). Estes discos não apenas solidificaram o estatuto da banda no cenário internacional, como também revelaram a versatilidade e o brilhantismo de Chitsondzo como músico e compositor. Ghorwane transformou-se numa referência obrigatória da Música Moçambicana, e Roberto Chitsondzo, com seu talento singular, contribuiu significativamente para esse sucesso.

Sem jamais abandonar o Ghorwane, Roberto Chitsondzo decide explorar uma carreira solo paralela, guiado pela curiosidade e desejo de experimentar novas sonoridades. Nessa aventura artística, combina elementos da Música Religiosa, da Música Tradicional Moçambicana e do Pop, criando um estilo único e inovador. Essa fase revela o lado mais introspectivo e espiritual de Chitsondzo, demonstrando sua capacidade de reinvenção e seu compromisso com a autenticidade. Cada canção é uma viagem emocional que conecta fé, cultura e modernidade, reafirmando seu lugar entre os grandes da música nacional. Roberto Chitsondzo não é apenas um músico de talento inquestionável, mas também um exemplo de perseverança, humildade e paixão pela cultura moçambicana. Sua jornada inspira gerações, mostrando que com dedicação, talento e amor à arte, é possível vencer desafios e deixar uma marca duradoura na história. Seja nos palcos nacionais, nas gravações de estúdio, ou nos corações dos seus ouvintes, a presença de Roberto é sempre sinónimo de excelência e emoção. Sua música transcende fronteiras e tempos, mantendo viva a chama da identidade moçambicana para o mundo.

Hoje, Roberto Chitsondzo é reconhecido como um dos grandes mestres da música de Moçambique. Sua contribuição artística, tanto no Ghorwane quanto em sua carreira a solo, constitui um património imaterial precioso. Cada acorde, cada verso, cada melodia, é um testemunho do seu amor pela terra natal e pela música. A história de Roberto Chitsondzo é uma celebração da cultura, da resiliência e da busca incessante por significado através da arte. Um verdadeiro tesouro nacional, cuja música continuará a ecoar pelas gerações futuras, inspirando sonhos, esperanças e novos caminhos.